Tripé DPR para o Planejamento de Investimentos
Ao longo da minha carreira como educadora financeira, vi, mais vezes do que desejaria, planos abandonados no meio do caminho. Alunos e mentorados com planos audaciosos de poupança e volumes desafiadores de aplicações financeiras que, infelizmente, foram perdendo seu fôlego ao longo do caminho fazem parte da maioria dos exemplos que já observei.
Fala-se muito sobre a necessidade de investir e divulga-se ainda sobre grandes oportunidades de rentabilidade, mas muito pouco se comenta sobre o tripé DPR, composto por 3 indicadores altamente relevantes para a vida de todo investidor de sucesso.
D – disciplina
O investidor disciplinado é aquele que sabe o que precisa ser feito, e faz. Simples assim. Comprometido com os aportes mensais definidos para seus investimentos, não há promoção no shopping que o distraia do objetivo. Foi definido que será preciso estudar mais sobre determinado setor da economia visando aportar recursos no segmento? Pois lá está o investidor disciplinado, buscando informações e aprendendo sobre como investir cada vez melhor.
P – periodicidade
Fazer as aplicações financeiras somente quando sobra dinheiro ao final do mês ou quando há entradas financeiras pontuais, como recebimento de férias, bônus e décimo-terceiro salário pode não ser tão efetivo quando o investidor desejaria.
A bem da verdade, os juros compostos beneficiam tanto o investidor que faz aporte único quanto o que investe mensalmente, mas deixar para cuidar do futuro somente em ocasiões específicas é um hábito que atrasa a conquista dos objetivos financeiros. Se há planos futuros, verbas periódicas devem ser definidas.
R – relevância
Já ouvi muxoxos e reclamações de que, com R$150,00 por mês, levariam 20 anos para que a Reserva Financeira estivesse completa. E eu concordo. Realmente estamos falando de muito tempo para um objetivo de curto prazo como a reserva, mas isso só acontece porque, nesse caso, estamos falando de aportes pouco relevantes.
O valor dos aportes mensais precisa ser proporcional ao custo de vida – quanto mais alto o custo mensal total do investidor, maior deve ser parcela das suas aplicações.
Para àqueles que desejam investir melhor, deixo a sugestão final de colocar sua vida financeira como prioridade: controle de despesas, diversificação das fontes de renda e objetivos futuros claros, definidos e precificados merecem atenção prioritária do investidor. Suas conquistas futuras te agradecerão pelo esforço, acredite.
Um beijo e nos vemos no próximo conteúdo sobre finanças pessoais! Até mais!