Melhor fazer uma dívida para viajar ou pagar toda a viagem antes? Prós e contras.
Estamos na semana entre as comemorações de Natal e Ano Novo e não há época melhor para falarmos sobre férias, certo? Ou será que é melhor falar delas com 10 meses de antecedência?
Separei aqui alguns pontos que podem ajudar você a curtir esse momento tão esperado da melhor forma possível e, ao final, deixo os prós e contras sobre primeiro viajar para depois pagar e o contrário, pagar a viagem toda antes da data.
Se você está querendo planejar suas férias, o primeiro passo de todos é definir um orçamento para sua viagem: quanto ela custará no total? Após ter esse valor, quebre-o em partes menores para prever quanto de poupança e investimento mensal será necessário para realizar seu desejo.
Envolver a família no processo é outro ponto fundamental no planejamento das férias. Quem sonha junto se compromete muito mais com os objetivos. A disposição de todos para colocar o projeto de pé fazem com que as renúncias que todos devem fazer em favor da realização desse projeto em comum tornem-se até prazerosas, pois significam estar mais perto da realização do desejo de todos. Cada familiar pode — e deve — contribuir de alguma forma, seja sugerindo lugares e programas que preferem e pretendem fazer, até criando novos hábitos financeiros que contribuirão com as economias necessárias para a empreitada.
Mas, se você já está de férias, meu conselho é sair do quarto de hotel com um orçamento diário definido. Separar uma verba para gastos com passeios, refeições e comprinhas do dia (que não são pecado – basta estarem orçadas) é essencial para prevenir estouros no orçamento e surpresas financeiras desagradáveis na volta para casa.
Além disso, separei algumas dicas a seguir que servem para ambos os casos, ou seja, se você já está viajando de férias ou se ainda está planejando:
– Cuidado com o cartão de crédito: calcule metas de gastos (novamente, quebre a meta total de gastos no cartão em outras menores) para evitar faturas com valores além da sua capacidade de pagamento.
– Guarde as lembranças na memória em vez de comprá-las: consumir é bom e faz parte da viagem, mas extrapolar nos gastos com lembrancinhas típicas não será exatamente uma experiência agradável.
– Projete despesas com o celular: prefira mandar fotos e fazer ligações usando o wi-fi do hotel. Na ânsia de contar aos queridos como está a viagem, o pacote de dados do celular acaba estourando facilmente.
Sobre o prós e contras de fazer uma dívida para viajar ou pagar tudo primeiro, gostaria de sugerir o seguinte raciocínio: aqueles que fazem da viagem um projeto, que começam a planejá-la com antecedência, já vivenciam a experiência antes mesmo de ela acontecer. Selecionar o destino, os lugares que quer visitar, o hotel em que se pretende hospedar, o melhor período do ano, os restaurantes, os passeios, o que levar na mala… tudo isso já permite que o cérebro deguste da viagem mesmo antes dela acontecer. Quando a data chega, resta apenas curtir. Sem falar nos juros recebidos ao investir o valor da viagem em bons produtos financeiros adequados para o prazo que você precisará.
Os que preferem fazer da viagem uma dívida, voltar com a mala cheia de parcelas ainda para quitar é um desafio. Trata-se de uma opção, mas requer atenção redobrada. Há algumas linhas de crédito que podem ser interessantes para quem pretende viajar, e elas se tornam uma opção viável para muita gente que pretende aproveitar a vontade e a oportunidade imediata, mas ao optar por pagar parcelas, é preciso ter certeza de que essas não se acumularão com outras dívidas já contraídas. E, por fim, eu sempre acho que é melhor ganhar juros, mesmo que pouco, do que pagar juros, mas essa é a minha opinião.
Se as suas férias já estão acontecendo — seja ainda no papel ou já na forma de uma dívida — agora basta aproveitar. Mas aproveite também para definir o que pretende para as próximas férias. Boas oportunidades financeiras podem surgir com calma. Beijos e boas férias!
Carol Stange
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