Quatro riscos do Crédito Consignado!
A conta entrou no vermelho, só deu para pagar o mínimo da fatura cartão do cartão de crédito ou mesmo na hora de fazer algumas melhorias urgentes na casa, o crédito consignado acabou sendo a solução? Bem sabemos que essa linha de crédito é uma ótima maneira para conseguir recursos sem pagar altas taxas de juros, mas é preciso cuidado; tem gente caindo em verdadeiras ciladas por achar que o crédito consignado é isento de riscos, mas não é.
Separei aqui os 4 maiores pontos para você prestar atenção antes de assinar o contrato:
É golpe!
Atenção! Há uma enxurrada de empresas, oferecendo de forma bastante agressiva, crédito consignado “simples, rápido, taxas baixíssimas e sem a necessidade de apresentar documentos”. O ditado antigo já avisa: “quando o milagre é demais, o santo desconfia”. É preciso ter certeza de que a empresa para a qual o colaborador trabalha valida (e indica) a empresa que está cedendo o crédito consignado. Pesquisar também sobre a reputação da instituição em sites como Reclame Aqui e Procon é altamente indicado, e principalmente, atente aos pedidos de senhas, depósitos ou antecipação de “pagamento de taxas”. Esses não são pedidos usuais das empresas de crédito consignado do mercado.
É preciso ler (bem) o contrato.
Parece bobagem, mas você ficaria surpreso com a quantidade de gente que lê o contrato superficialmente e depois se surpreende com algumas cláusulas. Há determinadas modalidades de crédito consignado que pedem um bem como garantia de pagamento. Sem ter a total consciência das condições do empréstimo, a pessoa pode estar colocando seu carro ou casa em risco de execução, que traduzindo, é quando o banco ou instituição financeira toma posse do bem. Em geral, com 90 dias de atraso, já é enviada uma carta padrão exigindo o reembolso imediato do empréstimo.
Se houver demissão…
Pedir demissão ou ser mandado embora não cancela o crédito consignado. Por lei, quando um funcionário é demitido, as parcelas do consignado podem ser cobradas diretamente na conta corrente do trabalhador ou por meio de boletos bancários. A forma depende de previsão contratual.
Se o colaborador foi mandado embora, é preciso procurar o banco para quitar o empréstimo consignado ou então renegociar as condições de pagamento. É comum a taxa de juros aumentar, afinal, o banco ou instituição financeira não poderá mais contar com o recebimento certo que o desconto automático em folha lhe garantia.
E ainda, a empresa para a qual o colaborador trabalhava tem o direito de descontar até 30% do crédito consignado diretamente do valor da rescisão – ou seja, se a rescisão é no valor de R$ 10 mil, a empresa pode usar até R$ 3 mil para pagar parte do empréstimo que ex-colaborador tem de saldo devedor. Sem dúvidas, esse ponto pode atrapalhar bastante a vida financeira do recém demitido até sua recolocação profissional.
Você pode gostar de: “Estou endividado e não quero nunca mais passar por isso”
Nem sempre há portabilidade
Se o colaborador saiu de uma empresa e foi direto para outra, é preciso se informar se essa nova empresa também tem convênio com a mesma instituição que cedeu o crédito consignado. Caso positivo, é preciso envolver o RH da nova empresa para solicitar a portabilidade de contrato. Caso contrário, vale a pena comparar se fazer um novo empréstimo para quitar o antigo com o outro banco não é mais vantajoso do que arcar com o aumento das taxas de juros. Se a demissão foi por justa causa e não há outro emprego à vista, a portabilidade não é permitida. O jeito, então, é se organizar para pagar a dívida com o banco.
Se o documento com as condições contratadas do crédito consignado não for encontrado, é preciso entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do banco ou empresa financeira que cedeu o crédito consignado.
O crédito consignado tem, como tudo na vida, seus riscos. É preciso entendê-los antes de tomar qualquer decisão. Como Educadora Financeira, tenho a obrigação de lembrar que o crédito consignado pode ser uma das melhores opções de crédito no mercado, mas se não forem tomados os devidos cuidados, ele pode se transformar numa verdadeira armadilha financeira.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre finanças pessoais. Até mais!