Cinco dicas para organizar seu orçamento e se blindar contra a crise!
A pandemia do Covid-19 tem exigido de todos nós mudanças de hábitos e o isolamento social é um desafio. Mas, e as finanças pessoais, onde ficam nisso tudo? Certamente também sofrendo mudanças! Separei aqui alguns dicas, especialmente para quem não tem ainda a Reserva de Emergência, para ajudar na saúde financeira dos próximos meses.
1 – Conheça seus números:
Esse é o primeiro passo de todos: saber seus números. Conhecer quanto você gasta por mês é importante, mas não só isso; é preciso também saber qual a porcentagem dos seus gastos é destinada para despesas fixas/ despesas essenciais, e qual vai para as despesas variáveis/ supérfluas.
Verdades sejam ditas: esse início demanda tempo e energia. Destrinchar, por exemplo, seus serviços de assinatura (streaming de música, de séries e filmes, games, leitura de revistas, celular, tv a cabo, jornais, entrega de produtos) certamente é trabalhoso, mas a economia gerada ao final de um ano impressionará você e sua família, permitindo ainda que esse dinheiro economizado seja destinado a algo mais valioso para vocês todos, como uma viagem em grupo, por exemplo.
E não pense que conhecer seus números se resume a saber sobre despesas; é preciso saber também o valor da sua receita mensal. Uma quantidade impressionante de pessoas não sabe quanto entra, efetivamente, no seu bolso, ao final do mês, mesmo que estejamos falando de salários fixos.
Escolha uma ferramenta para ajudar você nessa tarefa (clique aqui para conhecer as seis melhores ferramentas gratuitas) e mãos à obra!
2. Liste seus recebimentos para os próximos meses.
Qual a previsão de receita para os próximos meses? Mesmo que você receba salário fixo, corre o risco de ter sua renda mensal impactada? Em quanto e por quanto tempo?
Se você é um profissional autônomo ou freelancer, corre o risco de perder contratos nos próximos meses? O que é possível fazer para manter o volume de negócios ou fechar novos clientes?
Saiba (ou pelo menos, tente prever) com quanto de receita você poderá contar nos próximos meses.
3. Reúna suas dívidas (mesmo as que estão com pagamento em dia) em um único documento.
Liste todas as suas dívidas, mesmo que o pagamento esteja em dia: empréstimos, parcelamentos, negociações, boletos à vencer (ou já atrasados), mensalidades, faturas do cartão, cheque especial, etc.
Separe as dívidas em:
Prioritárias: são aquelas que terão sempre a preferência no pagamento pelo poder que possuem de desestabilizar a família, como contas de consumo (água, luz e gás) , educação e alimentação.
Negociáveis: dívidas no cheque especial e no cartão de crédito estão nessa lista. Considere trocar esse tipo de dívida por outra com juros menores, como os do crédito consignado, por exemplo. Também vale o esforço de ligar para os bancos e instituições financeiras para renegociar financiamentos e parcelamentos, mesmo que estejam com o pagamento em dia. Alguns financiamentos permitem portabilidade e nosso momento de juros baixos é um boa oportunidade para conseguir parcelas mais suaves para o bolso.
Após esses primeiros passos, você já terá uma imagem geral sua vida financeira: sobra dinheiro? Falta? Quanto? O que é preciso rever, negociar ou ainda, há algum pagamento que precisará ser adiado?
4 – Plano de ação
Agora é a hora das metas! Se a diferença entre ganhos e gastos deixou você preocupado, chegou o momento de repensar gastos e começar a cortar excessos.
Inclua a família na discussão e estabeleça papéis para cada um dos integrantes, afinal, todos serão impactados pelo sucesso, ou não, do plano de ação. Tenha a meta do período (até o final do ano, por exemplo) e quebre essa meta em outras menores, de acordo com o período que você julga factível. É isso que transformará suas metas em um verdadeiro plano de ação.
5. Acompanhamento constante e revisão do plano
De nada adianta você fazer todo esse mapeamento se não houver acompanhamento constante e revisão periódica dos gastos e atingimento das metas. As metas nos ajudam a cumprir o orçamento – ter um objetivo é a melhor forma de manter o foco. O que é importante para você nos próximos meses? Se livrar de uma dívida, trocar de celular, viajar, reformar a casa… Não importa o sonho. Importa é que ele seja relevante para você.
E por fim, se permita um pequeno prêmio ao cumprir seus objetivos – nada que envolva compras ou investimentos financeiros, mas um momento de recompensa vai bem, afinal, você se esforçou e conseguiu o que se propôs a fazer! Organização financeira sempre foi importante, mas em momentos delicados como o que estamos vivendo agora, tenho certeza de que é justamente essa a chave que permitirá meses mais tranquilos à frente.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre Finanças Pessoais. Até mais!
Carol Stange