Descomplicando a Rentabilidade dos Investimentos
Muito bem, você decidiu começar a investir. Pesquisou a instituição financeira, decifrou as siglas, calculou o valor da aplicação inicial, projetou os aportes mensais… E aí na hora de apertar o botão para finalmente iniciar sua jornada de investidor, veio a dúvida: escolher rentabilidade prefixada ou pós fixada? E ainda, o que é essa rentabilidade híbrida?
Não se preocupe! Separei aqui os tipos de rentabilidade e suas características para te ajudar nesse momento tão importante.
Rentabilidade prefixada
Um investimento com rentabilidade prefixada quer dizer que o investidor já conhece, na hora da contratação do produto. Por exemplo, ao escolher um CDB prefixado que paga 3% ao ano e tem prazo de três anos, esse será o rendimento recebido ao final do período contratado. Isso se o título for levado até o vencimento. Se o resgate acontecer antes do vencimento, o investidor pode receber boas ou más notícias. Tudo vai depender do cenário econômico do país na data.
Descomplicando: quando colocamos nosso dinheiro em investimentos financeiros, é feito um acordo com o emissor do título sobre o período mínimo que esse investimento ficará rendendo. Se resgatarmos nosso dinheiro antes do prazo, podemos perder rentabilidade ou até pagar taxas extras.
A matemática funciona assim: se o título comprado por 1.000 reais em um papel prefixado paga 10% daqui a um ano, significa que o investidor receberá 1.100 reais no vencimento (1.000 reais mais os 10% de juros). Se, nesse meio tempo, o juro cair de 10% para 5%, passam a ser necessários 1.048 reais, e não mais 1.000, para chegar aos mesmos 1.100 reais ao final (1.048 mais 52, dos 5% de juros).
Na prática, se o investidor tem um título contratado a juros altos, verá seus papeis se valorizarem caso os juros caiam. Já se o investidor comprou a juros baixos, terá desvalorização quando os juros subirem. Portanto, ao escolher um produto prefixado, tenha um planejamento factível para levar a aplicação até o vencimento, assim você recebe o que foi combinado na hora da contratação.
Rentabilidade pós fixada
Os investimentos com rentabilidade pós fixada acompanham um indicador da economia, como por exemplo, acontece com o Tesouro Selic ou com os CDBs pós fixados. Esses títulos seguem a taxa básica de juros Selic e remuneram o investidor seguindo exatamente esse indicador. Esse tipo de rentabilidade é uma boa opção para quem está buscando menos oscilações de preço.
Existem ainda os títulos atrelados ao IPCA, que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Neles, o investidor recebe um valor fixado acima da inflação, o que garante o seu poder de compra ao longo do tempo.
Rentabilidade Híbrida
A terceira opção de rentabilidade é a híbrida, que combinam características dos títulos pré e pós-fixados. Isso significa que parte da rentabilidade vai ser fixa, contratada já no momento da aplicação e a outra parte acompanhará um índice da economia, como o IPCA.
O Tesouro IPCA+ exemplifica bem esse tipo de rentabilidade. Ele rende a inflação, que é o IPCA, mais um complemento (representado pelo símbolo de “+” na sigla). Importante lembrar que essa rentabilidade combinada vale se o título não for resgatado antes do prazo combinado.
Investimentos que contam com a rentabilidade híbrida costumam ser bons para o longo prazo porque o investidor se protege da inflação e garante seu poder de compra.
Agora que você já conhece sobre os 3 tipos de rentabilidade para seus investimentos, faça uma análise sincera respondendo às seguintes perguntas: consigo manter meu investimento até o prazo de resgate? Esse produto está alinhado com meu perfil de investidor? Estou confortável com a rentabilidade oferecida? Estou consciente dos riscos da minha escolha?
Lembre-se de que a rentabilidade é apenas um dos pontos a serem analisados ao escolher começar seus investimentos, ok?
Um beijo e até o próximo conteúdo educativo sobre finanças pessoais e investimentos. Até mais!