Como usar seu ciclo de vida financeira de forma estratégica
Tudo na vida acontece em ciclos, já percebeu? Um dia, uma semana, um ano, uma década, um século. Ciclos são períodos de tempo em que as coisas acontecem e no mundo das finanças pessoais não é diferente.
Saber identificar em qual ciclo financeiro se está é fundamental para otimizar tempo, conhecimento e dinheiro pensando na maximização dos retornos e da diminuição dos riscos. Na prática, o ciclo de vida financeira determina o melhor momento para realizar determinadas ações como poupar, acumular, investir ou usufruir. Vamos conhecê-los melhor?
Aquisição de conhecimento – 0 aos 20 anos
Em um mundo ideal, nossos filhos entrariam na vida adulta sabendo sobre organização financeira, planejamento de compras, priorização de gastos e sobre as regras da multiplicação de recursos. Nesse mesmo mundo ideal, esses jovens já saberiam o que fazer (e o que não fazer) com seus primeiros salários e não precisariam aprender “na raça” a administrar suas finanças. Se há um primeiro ciclo de vida financeira, ele certamente é o do conhecimento – a melhor e mais forte base para todos os outros ciclos que virão.
Acumulação – dos 20 aos 35 anos
Poupar mensalmente e desenvolver a disciplina de acumular recursos é o foco dessa etapa do ciclo de vida financeira. Geralmente nesse ciclo estão os jovens iniciando suas carreiras no mercado de trabalho e, como não há grandes despesas fixas em seus orçamentos (como os relacionados à moradia e aos dependentes financeiros), sua capacidade de poupança é, percentualmente falando, substancial.
Rentabilização – dos 35 aos 55 anos
Chegou o momento de pensar em incrementar as fontes de rendas e buscar aplicações que permitam maior rentabilidade. O ponto de atenção desse ciclo é em relação ao aumento das despesas que costumam fazer parte desse momento de vida, como as referentes à aquisição de bens financiados e à chegada dos dependentes financeiros.
Preservação – dos 55 aos 70 anos
O grande cuidado dessa etapa no ciclo de vida financeira é, além da manutenção de certa atitude conservadora em relação às despesas, a análise cuidadosa de eventuais transições de carreira (principalmente as que envolvam a saída do mercado formal para o empreendedorismo). Eventuais planos de negócio merecem estudos muito cautelosos como forma de não colocar em risco todo o capital acumulado em data tão próxima ao ciclo de usufruto.
Usufruto – acima dos 70 anos
Este último ciclo financeiro refere-se ao consumo dos recursos conquistados ao longo da vida. Foi uma longa caminhada para chegar até aqui e esse esforço merece ser recompensado!
Em resumo, na juventude, desenvolver o hábito de poupar e investir de forma mais agressiva pode ser uma estratégia interessante para crescimento de patrimônio e construção de renda passiva. Já na meia-idade, a busca por estratégias mais conservadoras, seja de controle de gastos, seja de investimentos, deve ser almejada. E no último ciclo, colhemos o resultado de uma vida financeira estratégica e assertiva, que nos permite usufruir da colheita dos nossos esforços com qualidade de vida.
Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre finanças pessoais. Até mais!