Quatro dicas para usar o 13o salário sem deixar de lado a inteligência financeira!
Seu nascimento carrega polêmicas e diz a lenda que antes da sua institucionalização, já era comum as empresas concederem bonificações de Natal como prêmio aos bons funcionários. Isso ainda na década de 1940.
Oficialmente, o décimo terceiro (“Gratificação de Natal aos Trabalhadores”) foi instituído pela Lei 4.090, de 13/07/1962, que garante que todo trabalhador formal, com carteira assinada, receba o correspondente a 1/12 de remuneração a mais, por cada mês trabalhado – ou seja, 1 salário extra por ano. Atualmente esse benefício é inclusive garantido pela Constituição Federal.
Atualmente, o 13o salário é um grande propulsor da economia, aquecendo as vendas de final de ano e movimentando bilhões de reais. Se parte desse seu salário extra é usado com compras, está tudo certo. Sim, isso mesmo. Dinheiro é um meio que nos garante mais conforto, praticidade, segurança, e por que não, uma das formas mais reconhecidas de demonstrar carinho e apreço.
Mas, se todo o seu 13o faz parte desse volume imenso de reais destinado para as compras de final de ano, algo precisa ser revisto.
Como eu desejo que você conquiste uma vida financeira sólida, fiz esse texto especialmente para te mostrar as melhores formas de usar desse benefício sem que seus momentos de alegria financeira sejam tão fugazes quanto os fogos de réveillon.
Vamos partir para as dicas valiosas para aproveitar da melhor forma esse dinheiro extra?
1. Aproveite para sair das dívidas
Final de ano também significa feirões “Limpa Nome” organizados pelas instituições bancárias e financeiras para quitação de dívidas. Esses feirões costumam ser excelentes oportunidades para quem carregou pesados boletos, carnês e faturas durante os últimos meses e gostaria de entrar no próximo ano livre, sem estar devendo no mercado.
Se a sua dúvida estiver entre “quitar as dívidas ou começar a investir”, preste atenção nos juros cobrados das dívidas versus os juros a serem recebidos nos investimentos. Via de regra, a comparação não é justa (a não ser para o credor da dívida).
2. Elimine as despesas de início de ano
Já pensou como seria bom entrar nos primeiros meses do ano sem as diversas prestações como as do IPTU, IPVA, matrícula e material escolar? E ainda, garantindo desconto em cada um desses pagamentos porque conseguiu pagá-los à vista ou parcelando o menor valor possível? Um sonho, não é? Mas um sonho possível.
Poupar uma parte do 13o salário para essas despesas cruéis de início de ano é uma boa estratégia para deixar esse novo ciclo financeiro que se inicia, mais leve.
3. Pense com carinho na sua Reserva Financeira
Essencial na vida de todos nós, a Reserva Financeira é como chamamos o montante correspondente, em geral, de 6 a 12 meses de despesas mensais. Essa Reserva nos protege de possíveis endividamentos e pagamentos de juros abusivos causados, principalmente, por imprevistos financeiros.
Títulos Públicos do Tesouro Selic, Fundos DI de taxa zero e CDBs de liquidez diária rendendo pelo menos 100% do CDI cumprem bem essa função.
4. Que tal diversificar um pouco mais?
Não há dívidas no caminho, as despesas de início de ano já estão previstas e dentro do orçamento, e a Reserva Financeira já está constituída? Pois há a chance incrível de fazer o 13o (ou parte dele) trabalhar para você através de investimentos um pouquinho mais arrojados.
Lembre que conhecer o seu perfil de investidor é o passo mais importante da sua caminhada pelo mundo dos investimentos, e não se preocupe, os bancos e corretoras fazem esse mapeamento para você no início de todo o processo.
O 13o salário é uma excelente oportunidade para colocar as finanças em dia, começar a construir sua carteira de investimentos e ainda, se presentear e presentear seus queridos.
Aproveite esse dinheiro extra com sabedoria e nos vemos no próximo conteúdo sobre finanças pessoais!
Até mais!