Endividados: soluções práticas para sair dessa já!
Recentemente participei de uma matéria para um grande veículo de comunicação sobre finanças pessoais e trago aqui os melhores pontos para que os endividados saibam o que é preciso fazer para sair dessa delicada situação.
- Imprensa: Carol, que dívidas acabam comprometendo mais o orçamento do consumidor?
Carol Stange: Sem dúvida, as piores as dívidas são aquelas que contam com juros extremamente altos, como os cobrados pelo cartão de crédito ou pelo uso do limite do cheque especial.
- Imprensa: Entendi, e que fatores acabam agravando a situação levando este mesmo consumidor até a negativação do seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito?
Carol Stange: Três grandes fatores ajudam os brasileiros a cair no uso dessas duas linhas de crédito citadas (que levam ao endividamento): desorganização financeira, compras por impulso e pela falta de uma reserva de emergência.
Quando não sabemos exatamente quanto temos de receita, quanto gastamos e para onde vai nosso dinheiro, as dívidas podem acontecer por simples desconhecimento dos nossos números. Já nas compras por impulso, as promoções e as facilidades de pagamento são verdadeiras “tentações” e, se não estivermos organizados e comprometidos com nosso planejamento, fica muito fácil gastarmos com itens que não estavam previstos ou mesmo, necessários. E por fim, quando o orçamento é “justo” (os ganhos empatam com as despesas e não há sobra de caixa), qualquer compra adicional ou imprevisto acabam sendo o primeiro passo rumo ao endividamento.
- Imprensa: Sendo assim, o que o consumidor deve avaliar e observar na hora de tentar uma renegociação da dívida? Qual a estratégia para conseguir a maior redução de juros possível?
Carol Stange: Antes de aceitar propostas de renegociações de dívidas, o inadimplente deve conhecer a sua real capacidade de pagamento. Muitas vezes, na ansiedade de ver-se livre da dívida e tirar as restrições do nome, a pessoa aceita as propostas de pagamento sem analisar se o valor “cabe” no seu orçamento e nesse caso, é apenas questão de tempo para a nova dívida também ficar sem pagamento.
Existem algumas estratégias que ajudam a ter redução nos juros das dívidas. A primeira delas é participar dos feirões de negociação de dívidas. Um dos mais eficientes é o organizado pelo Serasa (que consta inclusive com a versão online). A contratação de um crédito consignado também pode ser estudada. Dentre as opções de crédito disponíveis no mercado, essa tem a menor taxa de juros, mas é preciso se atentar às condições; alguns créditos consignados pedem um bem em garantia do pagamento.
- Imprensa: Carol, peço que destaque e desenvolva cinco orientações para conseguir uma boa redução do tamanho da dívida em uma renegociação online:
Carol Stange:
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a. Saiba exatamente o valor da sua dívida. Anote em uma única folha (ou planilha) todas as suas prestações (as vencidas e as a vencer) e os juros cobrados. Só é possível fazer uma boa negociação se você souber o tamanho do problema.
b. Vale a pena ouvir uma segunda proposta. Se o inadimplente já está com o nome na lista de devedores dos órgãos de proteção ao crédito e é possível permanecer nessa situação por mais algum tempo, aguardar para negociar melhores propostas pode resultar em boas reduções no valor da dívida.
c. Cuidado para não cair na proposta de transformar a dívida atual em um parcelamento mais longo. Se preocupar apenas com que a parcela da dívida “caiba” no bolso é um tiro curto e nesse caso, os juros serão maximizados.
d. Faça cotações online com as empresas de crédito consignado. Antes de assinar contrato, verifique se há reclamações no Procon da empresa e a sua reputação no Reclame Aqui. Também tenha ciência de todas as condições do contrato.
e. Para profissionais autônomos, há sites especializados em renegociação de dívidas. Essas empresas funcionam como as que oferecem crédito consignado, mas nesse caso, não há desconto em folha. Essas instituições costumam oferecer algumas possiblidades na forma de pagamento, como débito em conta corrente.
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